Resenha: o renascimento do Alice in Chains e o Judas Priest no Rio

Em um domingo inspirado, o Black Star Riders estreia com o pé direito no Rio e o Alice in Chains e o Judas Priest mostram que se reinventaram e estão mais vivos do que nunca.

Judas Priest

Por Paulinho Coruja
Fotos por Alessandra Tolc

Nunca antes na história da música a palavra renascimento fez tanto sentido como no domingo, dia 11 de novembro de 2018. Explicar-me: nessa data, o Rio de Janeiro recebeu as bandas Black Star Riders, Alice in Chains e Judas Priest em um Km de Vantagens Hall com um ótimo público. E renascer é um verbo dividido entre os 3 grupos…

Na abertura da noite, o público carioca teve uma ótima surpresa: a banda Black Star Riders. Para quem não sabe, o grupo conta com a dupla de guitarras da última formação do Thin Lizzy. Sem querer usar o nome da antiga banda, os caras trocaram de nome e o que vimos ontem foi o mais próximo que poderíamos do clássico grupo de hard rock. Com um repertório potente e aquela lembrada básica na banda de origem com a clássica “The boys are back in town”, o Black Star Riders seguramente saiu muito maior do palco do que quando entrou.

Black Star Riders

O Alice in Chains veio em seguida e confirmou o caso de amor que tem com a cidade desde o início da banda. Com músicos afiadíssimos e um repertório variado, o grupo botou toda a casa para cantar não só os clássicos como “Man In The Box”, “Would” e “No Excuses” como o material mais recente como “Check My Brain” e “Never Fade”. Cabe aqui um adendo: o Alice in Chains é aquele caso de muita sorte por ter encontrado William Duval para o lugar de Layne Staley. Além de ser um grande cantor e tocar guitarra muito bem, a dobradinha vocal com Jerry Cantrell funciona perfeitamente tal qual o finado vocalista. Sean Kenney e Mike Inez formam a cozinha perfeita, mas o destaque segue sendo Cantrell, o guitarrista de todos os tempos que melhor entendeu Tony Iommi e todo o Black Sabbath na hora de compor as canções da banda. Mais uma da turma dos renascidos. Foi, definitivamente, o melhor show da noite.

Terminado o Alice in Chains, parte do público se foi e entra no palco o Judas Priest. E o rolo compressor entregue pela clássica banda é impressionante. Aos 67 anos, Rob Halford segue com a voz intacta e seus colegas mais antigos de banda – o baterista Scott Travis e o baixista Ian Hill – estão em perfeita forma. A dupla de guitarras não é mais a original, mas Richie Faulkner e Andy Sneap só ficam a dever as coreografias clássicas feitas por Glenn Tipton (diagnosticado com mal de Parkinson) e K.K. Downing, que deixou a banda há alguns anos. De resto, segue tudo muito bem, obrigado. Com um novo disco recém lançado e aclamado por todos – inclusive por esse repórter que vos escreve – o show abre com a música título do último trabalho, “Firepower” e segue por várias épocas da extensa discografia da banda.

Alice In Chains

No caso do Judas Priest, a palavra renascimento também se aplica já que vinha faltando a banda um disco novo e poderoso, como foi “Painkiller”. E com “Firepower”, o Judas conseguiu voltar a esse patamar com louvor. Como não poderia deixar de ser, os clássicos se fizeram presentes em especial no final do show com uma sequência além de “Painkiller” com “Electric Eye”, “Breaking the Law” e “Living After Midnight”.

No final, ficam algumas certezas: O Judas Priest continua gigante. O Alice in Chains precisa voltar em breve para um show completo. E o Black Star Riders é muito bem vindo aqui também.

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Fonte: http://portalrockline.com.br/resenha-o-renascimento-do-alice-in-chains-e-o-judas-priest-no-rio

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