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Crossover Thrash


Muitos vão ler o título desse post e perguntar "Crossover thrash? What the hell is that?". Continuando minha série de posts-que-explicam-gêneros-de-rock, aqui vai um pouco sobre esse estilo.

O crossover thrash surgiu na década de 1980 nos Estados Unidos, e nada mais é do que o thrash metal tradicional com mais influências do punk hardcore. E agora vocês me perguntam: "O que é thrash metal?"
Thrash metal é aquele estilo de heavy metal bem mais rápido e agressivo do que o metal tradicional, recheado de bumbos duplos, riffs elaborados (sem perder a agressividade) e letras que tratam de temas como destruição, morte e críticas sociais.

Satisfeitos? Acho que não. "Cathy, o que é punk hardcore?"
Punk hardcore é um tipo de punk mais "econômico" e agressivo do que o punk tradicional. Vamos usar um exemplo prático: aqui temos uma música dos Sex Pistols e uma do Black Flag. A primeira é punk rock clássico, já a segunda é de uma banda de hardcore. O punk clássico ainda mantém uma forma de verso/refrão, mas o hardcore é mais centrado na melodia.

Ok, voltemos ao crossover. Na década de 1980, os superstars do metal eram todos bandas de glam metal, como Mötley Crüe e Ratt (e todos os headbangers deviam ser gratos a eles, porque se eles não tivessem existido, não veriam shows de seus ídolos do metal "de verdade", mas isso é assunto para outro post), e esses dois mundos começaram a se unir. Tradicionalmente, o punk rock e o heavy metal sempre foram inimigos, mas nessa época os adesivos do GBH começaram a surgir nas guitarras do Metallica, e as bandas de hardcore começaram a se cansar das limitações do estilo. Nada mais natural do que esses estilos começassem a trocar figurinhas.

Bandas como Corrosion of Conformity (C.O.C), Suicidal Tendencies, Stormtroopers of Dead (S.O.D., formada por membros do Anthrax e cujo álbum Speak English or Die, cheio de letras irônicas, fez muito sucesso) e Dirty Rotten Imbeciles (D.R.I) estão entre as pioneiras do gênero, mas também podemos citar o Municipal Waste, Nuclear Assault, No Mercy e os brasileiros Ratos de Porão, além do Body Count, banda formada pelo rapper Ice-T e que fez sucesso com uma música chamada "Kill The Cops".

Se você não tem nenhum problema com som alto e pesado, com batidas de bateria martelantes e riffs de guitarra carregados na distorção, não perca tempo. Welcome to the thrash zone. E para vocês ouvirem, um bom momento da TV brasileira: Ratos de Porão no Programa Livre, que passava no SBT, era apresentado por Serginho Groisman e já teve como convidados até mesmo o Kiss e o Bon Jovi.

Gothic Rock/Darkwave


Ao contrário do que muitos pensam, a música gótica não se resume a vocais líricos femininos e pianos. Não. Na realidade, o gothic rock é um gênero influenciado pelo punk rock e pela música eletrônica. Depois de toda a loucura que foi o movimento punk, as bandas descobriram os sintetizadores e efeitos eletrônicos e começaram a inseri-los na estética punk dos acordes e batidas simples, período da década de 80 que ficou conhecido como pós-punk.

E esse novo som tomou dois caminhos diferentes: a new wave e a darkwave. A diferença está nas cores: a new wave era festiva, colorida e animada (como por exemplo The B-52's), já a darkwave era sombria e tratava principalmente de amores não correspondidos. A banda que mais influenciou o gênero darkwave foi o Joy Division, quarteto formado por Bernard Sumner, Peter Hook, Stephen Morris e o líder Ian Curtis, que se suicidou aos 23 anos. O segundo disco do Joy Division, Closer (1980), lançado postumamente, pode ser entendido como um bilhete de despedida de um suicídio. O single "Love Will Tears Us Apart" é o mais famoso do grupo, e dá uma ideia do que viria a ser o cenário darkwave alguns anos mais tarde.

O primeiro single considerado darkwave/gótico seria "Bela Lugosi's Dead", do Bauhaus, lançado em 1979. A música, cheia de elementos eletrônicos, tem uma atmosfera sombria e seu título é uma homenagem a um famoso ator de filmes de terror na década de 1930.

Além dos sintetizadores, guitarras, linhas de baixo extremamente bem construídas e batidas dançantes de bateria, algumas bandas de darkwave como Siouxsie & The Banshees incrementaram saxofones no seu som.

Muitas vezes, as músicas de darkwave soam como canções de ninar, simples e melancólicas, mas de uma beleza indescritível. E esse estilo continua influenciando milhões de bandas da nova geração indie de hoje em dia, como por exemplo os Killers, que retiraram seu nome de um clipe do New Order (banda formada pelos três integrantes remanescentes do Joy Division), Franz Ferdinand e Kaiser Chiefs.

Espero que tenham gostado e compreendido a essência da música gótica. Abaixo, o clipe de uma das melhores músicas do movimento: The Killing Moon, por Echo and the Bunnymen.

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