RL ENTREVISTA: Phoenix fala sobre o novo álbum “Ti Amo” e amor pela plateia brasileira

O Phoenix acabou de passar pelo Brasil e nós tivemos a sorte de poder bater um papo com o incrível Thomas Mars, vocalista da banda, e com o baixista Deck d’Arcy antes do show deles no POPLOAD Festival, em São Paulo. Os franceses contaram alguns detalhes sobre a construção do novo álbum “Ti Amo” e da relação de amor com a plateia latina, em especial com os brasileiros. Durante a entrevista, que aconteceu no último dia 15, d’Arcy chegou a confirmar que a banda já tem data para voltar ao país!

Em janeiro de 2018, o Phoenix se apresentará no festival Planeta Brasil, em Belo Horizonte, e há quem diga que eles também farão shows no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Enquanto eles não voltam, dá para matar a saudade dos caras com a nossa entrevista!

O Phoenix chegou ao 6º álbum de estúdio, “Ti Amo”, com excelente aceitação da mídia especializada e principalmente do público. Como está sendo essa jornada?

Deck d’Arcy:Têm sido muito legal! Está tudo indo muito bem. Estamos na América do Sul, nosso lugar favorito de turnê, especialmente o Brasil!

Thomas Mars: É como um prêmio! Estivemos em estúdio por um bom tempo, ouvindo as mesmas músicas 10 mil vezes, e o que nos faz continuar é saber que vamos sair dali e que vamos tocar aqui! Que o disco tomará vida junto com as pessoas.

Esse álbum foi gravado em um Centro de Artes, em Paris. O local escolhido por vocês causou algum impacto no conceito de “Ti Amo”?

Deck: Provavelmente sim, pois o local também é um conservatório de músicas e nós assistimos muitos shows por lá. Apresentações que não teríamos presenciado se não estivéssemos gravando ali. Na verdade, conhecemos até uma pessoa que chegou a trabalhar no álbum, então com certeza houve uma influência direta.

Vocês descreveram “Ti Amo” como um disco “uma versão fantasiosa da Itália” e isto certamente está bem evidente nas letras e na sonoridade. De onde veio esse pequena obsessão com a Itália?

Thomas: Não sei, mas amamos a sensação de estar obcecado em algo. Uma obsessão pode dar medo no início, pois você deve se comprometer com ela. É algo muito forte. A obsessão pela Itália é algo muito forte e que se destaca [nesse trabalho]. Acho que na verdade amamos estar obcecados com uma ideia, os quatro juntos. Nesse disco, decidimos abordar a Itália e não importava o que as pessoas iriam achar disso. Fizemos apenas porque era interessante para nós quatro.

As novas músicas têm uma tendência a serem mais “inocentes”. Falam de amor, desejo e coisas simples. Como vocês comparam as novas composições com os trabalhos mais antigos?

Thomas: Talvez “Bankrupt!” não tenha sido um álbum tão inocente. Por conta do sucesso do “Wolfgang Amadeus Phoenix”, pensamos que poderíamos entrar em um ambiente um pouco mais sombrio e criar um universo mais complexo. Já o novo é uma reação à isso! Amamos as mensagens simples e na verdade é muito difícil criar algo simples e bom. As coisas mais simples são mais difíceis de serem criadas, demandam mais trabalho.

Será por isso que o responsável pelo selo de vocês, a Glassnote Records, afirmou que “Ti Amo” é um disco que surgiu da “escuridão e da preocupação”, porém obteve um resultado “incrivelmente colorido”?

Thomas: Eu não acho que ele tenha sido de uma “preocupação”, mas com certeza veio da ‘escuridão’. Tivemos momentos sombrios em Paris e toda nossa vida sempre fomos garotos irresponsáveis. Quando começamos na música, fizemos isso porque não queríamos a responsabilidade de um trabalho tradicional. Então talvez a “preocupação” é o ser responsável. Alguns artistas são muito bons nisso, já para nós é como “fluxo de consciência”.

Vocês são franceses, cantam em inglês e têm um disco cheio de referências italianas. A mídia internacional chegou a dizer que “Ti Amo” é como um ode a uma Europa unificada. O que vocês acham disso?

Deck: Acho que isso está no DNA da banda. Temos membros do grupo que são meio alemão, meio italiano. Nunca enxergamos a França como uma fronteira e nos consideramos uma banda “europeia continental”. Exceto o Reino Unido! Haha.

Thomas: Quando você está crescendo, a maioria das bandas são influenciadas pela mesma coisa. Todas bebem da mesma fonte. Já nós, a gente encontrou uma mina de ouro diferente, encontramos outras referências. Na França, com músicas francesas antigas, em nossas memórias de infância. Então, gravitamos para algo que não nos levaria a fazer o mesmo, o comum. Isso foi muito importante, porque se as referências são diferentes, o resultado também será e irá se destacar.

“J-Boy” foi o primeiro single desse trabalho. Porque ela foi escolhida para tal e vocês acham que essa música representa o disco como um todo?

Deck: Sim! Essa também foi a primeira música que fizemos e finalizamos para o disco. Lá nas primeiras sessões… Então foi bem natural. É muito difícil escolher a primeira música, obviamente ela significa algo para gente, mas nem sempre será o mesmo para os outros. Tratamos todas as músicas como singles, então é difícil escolher uma no final! Sempre nos perguntam qual música é a nossa favorita e é impossível dizer uma.

Vocês criaram um vídeo maravilhoso para a faixa título do álbum, “Ti Amo”, onde imagens da banda são mescladas com trechos de filmes e imagens de balneários italianos. Quem teve a ideia para esse clipe?

Deck: A influência na verdade veio do programa de TV “Dream On”. Ninguém o conhece, mas é um programa americano dos anos 80 que a gente amava muito quando criança. Não é um programa muito famoso, mas a gente adorava!

Thomas: “Dream On” era bem avant-garde! Sobre o vídeo, decidimos desenvolver a ideia para esse clipe sozinhos, ao invés de entregá-lo a outra pessoa. Foi muito estressante para filmar, mas o resultado valeu a pena e o diretor era muito legal.

Vocês já vieram ao Brasil algumas vezes, estão aqui agora, mas já queremos saber do futuro!

Thomas: Sabia que fizemos nosso primeiro show aqui? Em 2007, nesse lugar [Memorial da América Latina]! Tinha uma tenda diferente, mas com certeza foi aqui. Já viemos em 2010, 2013 também e agora.

Deck: Amamos tocar aqui no Brasil e nós vamos voltar em janeiro!

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