ROCKline ouviu: James Bay se reinventa em “Eletric Light”, álbum que será lançado na sexta-feira

Há uma grande pressão para o segundo álbum de qualquer artista. O raciocínio é: no primeiro, o músico tomou anos sem os holofotes e sem agenda lotada de compromissos para criar uma gama imensa de universos, selecionando seus melhores trabalhos para compor o primeiro disco. Para o segundo, além da rotina ter mudado completamente, ele ainda tem que lidar com expectativa. Dos empresários, da gravadora, do mercado, dos fãs e dele mesmo.

James Bay poderia estar nesse estágio no momento se não fosse uma sábia decisão. No final de 2016, o artista encerrou a turnê e passou o ano seguinte descansando, vivendo e… criando. Nesta sexta-feira (18/5) ouviremos o resultado quando o seu segundo álbum batizado de “Eletric Light” for finalmente lançado. São três anos de hiato e cinco entre o trabalho de estúdio e composição, muitas experiências, dois certificados de platina no Reino Unido, Top 15 nos EUA, um Ivor Novello, 3 bilhões de streams, um “Critics’ Choice” do Brit Awards e três indicações ao Grammy – Artista Revelação, Melhor Música de Rock por “Hold Back the River” e Melhor Álbum de Rock por “Chaos and the Calm”. Além de “Hold Back the River”, o disco rendeu ainda outro super hit: “Let it Go”.

E a pergunta que fica é: o que James criou para o próximo projeto? Há a dúvida se criativamente o artista será capaz de igualar ou superar críticas e vendas do disco anterior e “Eletric Light” tem tudo para ser o melhor trabalho de James em termos de desempenho e reconhecimento da indústria.

O ROCKline teve a oportunidade de ouvir o projeto antes do seu lançamento e a reinvenção de Bay já começa pelo visual. O artista deixou para trás o chapéu e o cabelão. Irreconhecível para alguns, a mudança passa a ideia de que finalmente James deixou de se esconder. Liricamente, as músicas exploram um universo mais pessoal ainda. Criado em um estúdio a leste de Londres, “Eletric Light” tem co-produção e co-composição de James Bay com o longo parceiro e amigo John Green com ajuda de Paul Epworth [Adele, Florence and The Machine] para a finalização final.

A equipe criou praticamente um enredo e as 14 faixas do “Eletric Light” contam as indas e vindas de um relacionamento: a paixão avassaladora, as diferenças, as discussões e uma nova chance. Para te guiar, James praticamente dividiu o disco em duas fases com uma faixa de introdução falada, com sons de uma cidade agitada e que apresenta o casal protagonista. No meio do álbum, uma interlude te traz de volta para a história desse casal que se vê tentando uma reaproximação.

Praticamente metade do álbum já é de conhecimento dos fãs. Durante o calendário de divulgação do “Eletric Light”, James liberou as faixas “Us”, “Pink Lemonade”, “Wild Love” e o single que está sendo trabalhado no momento “Slide”. Mas são as até então desconhecidas que fortalecem a identidade do “Eletric Light” e reforçam o amadurecimento do artista.

Foto: Sarah PIantadosi

Após a “Intro”, em que somos apresentados a esse casal com problemas no relacionamento, James inicia propriamente o “Eletric Light” com “Wasted on Each Other”. A música dá o tom de quase de todo o projeto com uma marcação de bumbo forte, palmas e guiada por muitas guitarras – praticamente uma marca do disco. Em “In My Head”, James muda novamente com força na voz em trechos mais falados que cantados e acompanhado de um coral que lembra um louvor. Essa é uma faixa que vai ser interessante assistir como será traduzida ao vivo.

Após “In My Head”, o disco chega na sua metade com a interlude fazendo aquebra. “Você pode ficar”, diz ela antes de “Just For Tonight” (apenas por hoje à noite, em português)”. As guitarras, panderola e palmas marcadas voltam à predominar e em momentos a música nos remete ao álbum anterior. Quase uma ligação entre os dois mundos criados por James na carreira.

“Wanderlust” é a nona música do álbum e uma palavra de difícil tradução para o português, mas que significa um desejo de viajar. E é exatamente o que a faixa nos faz sentir. Uma vontade de ligar o som algo, pegar o carro e seguir por uma estrada sem rumo. A música mais sonoramente “suja” contrapõe com a voz de James. “I Found You” é certamente a mais sexy. James volta a mostrar seu lado mais romântico com direito a um trecho instrumental e uma guitarra bem chorosa. Antes do fim, o músico ainda nos apresenta a “Stand You”, com início a capella, e “Fade Out”, que lembra uma música que poderia ter sido gravada por John Mayer. “Slide” encerra o álbum eclético mantendo o enredo em alta. “Nós deslizamos para os braços de outro alguém”, enaltece o refrão.

“Eletric Light” nos apresenta um novo James Bay e é a chance perfeita para você dar uma chance ao músico de apenas 27 anos. Há muito mais em sua criatividade artística do que apenas dois grandes hits.

Por Amanda Faia

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Fonte: http://portalrockline.com.br/rockline-ouviu-james-bay-se-reinventa-em-eletric-light-album-que-sera-lancado-na-sexta-feira

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