Fleetwood Mac explica os motivos para a saída do guitarrista Lindsey Buckingham ~ Curte Rock

Há algumas semanas noticiamos aqui a saída do guitarrista Lindsey Buckingham do Fleetwood Mac. O músico, um dos principais compositores e voz de grandes hits da lendária banda, esteve presente de 1974 a 1987, tendo retornado em 1996. A razão para sua saída teria sido uma extensa turnê norte-americana que está por vir. Em entrevista à Rolling Stone, o baterista Mick Fleetwood esclareceu esses motivos e afirmou que “despedido” é uma palavra um tanto forte para tratar esta separação.

“Chegamos a um impasse, como se estivéssemos num beco sem saída. Esta não foi uma situação feliz para nós em termos de logística de uma banda em funcionamento. Decidimos que não poderíamos continuar com ele. A maioria decide em termos do que precisamos fazer como uma banda e seguir em frente. Buckingham não respondeu a vários pedidos de comentários a respeito desta decisão”, explica o baterista.

“Deveríamos começar a ensaiar em junho e ele queria adiar tudo para novembro de 2019. Isso é muito tempo. Eu acabei de fazer 70 shows [em uma turnê solo]. Assim que eu termino uma coisa, eu mergulho de volta em outra. Porque haveríamos de parar? Não queremos deixar de fazer música, não temos mais nada para fazer. É isso que fazemos”, disse a vocalista Stevie Nicks.

Assim que a saída de Buckingham foi confirmada no início deste mês, seus substitutos foram oficialmente apresentados: Neil Finn (Crowded House) e Mike Campbell (The Heartbreakers). De acordo com a tecladista Christina McVie, são músicos que estão à altura: “Senti imediatamente que os conhecíamos há anos, apesar de ter acabado de os conhecer”, contou.

A nova formação embarcará em uma enorme turnê de 52 dias começando no início de outubro em Tulsa e cruzará os Estados Unidos antes de encerrar os trabalhos na Filadélfia, em abril de 2019. A banda já decidiu que essa turnê contará com músicas de toda a discografia do Fleetwood Mac, e não apenas do período em que Buckingham e Nicks entraram para a banda.

“Nós nunca fomos capazes de tocar todo o material porque certas pessoas na banda não estavam interessadas em fazer isso. Agora podemos abrir o set com uma versão muito barulhenta de “Rattlesnake Shake” (1969) ou algo do tipo. Eu também gostaria de fazer “Station Man” (1970), que sempre foi uma das minhas favoritas. E definitivamente estamos tocando “Oh Well” (1969).