Bruce Dickinson escolhe seus três álbuns favoritos do Iron Maiden ~ Curte Rock

Normalmente, um artista que lança um novo trabalho costuma escolhê-lo como o melhor que já fez na vida. Mas este não é o caso de Bruce Dickinson, que foi entrevistado pelo site Team Rock e elegeu seus três álbuns favoritos do Iron Maiden. Quem pensa que o vocalista escolheu clássicos como “Piece Of Mind”, “Powerslave” ou “Fear Of The Dark”, errou feio. Leia abaixo a tradução sobre os três discos escolhidos por Bruce:

The Number Of The Beast (1982)

“Eu sabia que tinha me juntado a uma grande banda. Eu também sabia que poderia torná-la ainda melhor. Eu tinha uma visão para ‘The Number Of The Beast’: a minha voz colada sobre a base do Maiden resultaria em algo muito maior. Nós fizemos este disco de forma rápida – quatro ou cinco semanas. Nós ficávamos no estúdio até cinco ou seis da manhã. O único erro foi colocar ‘Gangland’ no álbum em vez de ‘Total Eclipse’. Mas o resto do álbum é fantástico. ‘Hallowed Be Thy Name’ foi uma precursora de ‘Rime Of The Ancient Mariner’. Esta música, e todo o álbum, levou o Maiden a um nível diferente.”

Live After Death (1985)

“Foi uma verdadeira declaração: um álbum duplo ao vivo para atestar que estávamos crescendo e amávamos este fato. Meu álbum ao vivo favorito é ‘Made In Japan’, do Deep Purple. Mas eu lembro de ter lido algo sobre Ian Gillan dizendo detestar o resultado do disco, que sua performance era pobre. Não, não, não. Definitivamente, ele estava errado. Mas o que ele sente sobre esse disco, eu sinto sobre ‘Live After Death’. Quando os fãs do Maiden me falam que este é o nosso melhor álbum ao vivo, eu sempre ficava incrédulo. Apenas recentemente eu o escutei e parecia muito bom. E gritar ‘Scream for me, Long Beach!’ tornou-se uma parte do folclore do Maiden. A questão é que este disco deveria ter sido gravado no Hammersmith. As performances não eram melhores do que as de Los Angeles, mas o engenheiro de iluminação, Dave Lights, estava em guerra com os caras do vídeo e, consequentemente, a coisa toda ficou muito escura. Por isso, tivemos muitas filmagens inutilizadas dessa época.”

A Matter Of Life And Death (2006)

“Há muita coisa grandiosa neste álbum. Foi um movimento muito corajoso reproduzirmos o álbum na íntegra naquela turnê. Não queríamos ser a maior banda de karaokê do mundo. Estávamos tão felizes com o disco que queríamos que as pessoas o conhecessem de verdade. A banda adquiriu uma profundidade emocional a partir desse registro. Essa profundidade sempre esteve lá, mas éramos um pouco rígidos demais para admitirmos isso. Nós adicionamos muito mais cores à paleta com esse disco e as pessoas curtiram.”