Com Foo Fighters, a chuva é de hits (e muitos covers). Banda abre turnê brasileira com show de duas horas e meia

Foto: Marcos Hermes/Estadão

Não importa que o rock and roll atravesse um momento de ostracismo nas paradas. Enquanto Dave Grohl estiver por aqui, a defesa do gênero estará a salvo. O que se viu neste domingo (25) no Estádio do Maracanã foi uma banda liderada por um showman ciente de seu papel e que pontua sua apresentação com momentos de afirmação e de certa nostalgia. “Será uma longa noite”, disse Grohl ainda no começo, quando emendou hits como “All My life”, “Learn To Fly” e “The Pretender”, já deixando o público aquecido para a longa jornada que viria.

A banda abriu a turnê brasileira no Rio de Janeiro (ainda fará duas apresentações em São Paulo, além de passar em Curitiba e Porto Alegre) e mostrou parte de seu último disco, Concrete And Gold (2017), de onde vieram quatro faixas: “Run”, que abriu a noite, “The Sky Is A Neighborhood”, “Sunday Rain” (em português, “Chuva De Domingo”, que era prevista pela meteorologia, mas que felizmente não se confirmou) e “Make It Right”. No mais, o show não fugiu muito do que se espera do Foo Fighters: hits, muitas jam sessions, e covers de bandas que fizeram a história do rock and roll – e que certamente serviram de inspiração para cada um dos músicos.

“Quem já viu um show dos Foo Fighters? Quem nunca viu? Bom, vamos tocar músicas de todos os discos. Quem gosta do primeiro? E do segundo? O terceiro?” – e lá foi ele até o oitavo, quando alegou que não sabia quantos discos a banda tinha. De fato, a escolha do repertório foi bem feita, com canções de quase todos os álbuns (a exceção fica por conta do irregular Sonic Highways, de 2014). Entretanto, ao estender algumas músicas no show e enrolar em algumas improvisações sem sentido, faz com que muitas faixas memoráveis fiquem de fora – nesta noite não tivemos “Generator”, “Hey, Johnny Park!” ou “Big Me”, por exemplo.

Em um gigante Maracanã, as 30 mil pessoas que marcaram presença (dados da organização) podem parecer um número desanimador (Phil Collins colocou 42 mil na última quinta-feira, dia 22), mas deram uma resposta aparentemente positiva à banda. “Olhe para isso, Taylor. O que você acha disso tudo?”, questionou Grohl, enquanto apontava para o público. “É o Rock in Rio”, respondeu o baterista Taylor Hawkins, que em seguida emendou um trecho de “Love Of My Life”, do Queen, relembrando um dos momentos eternizados na primeira edição do festival em 1985.

Pode ter faltado público (numericamente falando), mas não faltaram bons momentos. Ainda é possível ficar arrepiado com o coral de “Best Of You”. E são esses momentos únicos que nos fazem manter a fé no rock and roll. Que Dave Grohl siga como nosso porta-voz.

SETLIST:
1. Run
2. All My Life
3. Learn To Fly
4. The Pretender
5. The Sky Is A Neighborhood
6. Rope
7. Sunday Rain
8. My Hero
9. These Days
10. Walk
11. Breakout
12. Under My Wheels (Alice Cooper cover)
13. Another One Bites The Dust / Blitzkrieg Bop / Love Of My Life (Queen / Ramones / Queen cover)
14. Under Pressure (Queen cover)
15. Make It Right
16. Monkey Wrench
17. Times Like These
18. Best Of You

BIS:
19. This Is A Call
20. Let There Be Rock (AC/DC cover)
21. Everlong

Um Josh Homme pra lá de simpático comanda o Queens Of The Stone Age em show de abertura competente

Longe de ter a mesma popularidade do Foo Fighters, o Queens Of The Stone Age faz um contraponto à banda de Dave Grohl. E são exatamente essas qualidades opostas que fazem a coisa funcionar. Aqui não há espaço para momentos divertidos. O universo do frontman Josh Homme é pesado, atormentado, sombrio – e igualmente bom.

Em 1h15m de show, Homme, Troy van Leewuen (guitarra), Michael Shuman (baixo), Dean Fertita (teclados e guitarra) e Jon Theodore (bateria) apresentaram músicas de seis discos diferentes, com quatro do mais recente, Villains (2017). Entretanto, a banda abriu a apresentação com três faixas de seu antecessor, o celebrado …Like Clockwork (2013), e ganhou o público de cara.

Foto: BOL

Homme, normalmente um vocalista de poucas palavras e estilo badass, surgiu em uma versão bem mais simpática que o habitual. Talvez seja efeito pós-episódio em que chutou a câmera de uma fotógrafa em um show recente em Los Angeles – o que arranhou bastante sua imagem. O frontman agradeceu diversas vezes e chegou a puxar palminhas.

Apesar da investida mais dançante e swingada em seu último trabalho, a apresentação foi direta e pesada para que o público do Foo Fighters ficasse satisfeito. Não faltaram hits – “Little Sister”, “No One Knows”, “Make It Wit Chu” e “Go With The Flow” marcaram presença -, mas o que encanta é a entrega, suor e destruição em massa, como se espera de uma banda cujo som é moldado em suas guitarras. Uma aula de rock and roll que foi antecedida pela eficiente banda paulistana Ego Kill Talent, que fez um show vigoroso e com alternâncias climáticas no peso das guitarras.

SETLIST:
1. If I Had A Tail
2. Smooth Sailing
3. My God Is The Sun
4. Feet Don’t Fail Me
5. The Way You Used To Do
6. You Think I Ain’t Worth A Dollar, But I Feel Like A Millionaire
7. No One Knows
8. The Evil Has Landed
9. I Sat By The Ocean
10. Make It Wit Chu
11. Domesticated Animals
12. Villains Of Circumstance
13. Little Sister
14. The Lost Art Of Keeping A Secret
15. Go With The Flow
16. A Song For The Dead

O post Com Foo Fighters, a chuva é de hits (e muitos covers). Banda abre turnê brasileira com show de duas horas e meia apareceu primeiro em Portal ROCKline | É só rock'n'roll!!!.


Fonte: http://portalrockline.com.br/com-foo-fighters-chuva-e-de-hits-e-muitos-covers-banda-abre-turne-brasileira-com-show-de-duas-horas-e-meia

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Enterprise Project Management