Barão Vermelho volta sem Frejat e com Rodrigo Suricato nos vocais ~ Curte Rock

Depois de provocar os fãs no Facebook com um post enigmático na última semana, o Barão Vermelho confirmou o retorno às atividades após quatro anos de hiato. Mas agora a banda tem um novo vocalista e guitarrista. Roberto Frejat deu lugar a Rodrigo Suricato, ex-participante do programa Superstar. Os remanescentes Guto Goffi e Maurício Barros (que começaram a banda ao lado de Frejat em 1981), Fernando Magalhães (a partir de 1986) e Rodrigo Santos (desde 1992) seguem firmes no propósito de fazer rock and roll e prometem voltar aos palcos a partir de maio.

A saída de Frejat foi amigável. Ao jornal O Globo, o músico contou que o público e a própria banda queriam fazer shows com mais regularidade, o que pra ele tornava-se complicado por estar focado em sua carreira solo. “Já fiz o que tinha que fazer com o Barão. Se eles queriam continuar, não fazia sentido impedi-los. Temos diferenças de visão, mas jamais iria prejudicá-los. E o Rodrigo (Suricato) é um menino talentoso, bacana, muito bom músico”, disse Frejat.

Guto Goffi deixou as portas abertas ao amigo. “O Frejat falou que preferia esperar e fazer um show comemorativo dos 40 anos do Barão. Mas isso estava na contramão do que a rapaziada pensava. Cazuza morreu (em 1990), Peninha (percussionista do Barão) morreu (no ano passado), Ezequiel (Neves, jornalista, produtor e guru da banda) morreu (em 2010), mas a vida segue. Sempre que o Frejat quiser aparecer, estar com a gente, todo mundo vai curtir”, comentou o baterista.

Em sua declaração, Rodrigo Santos completa sobre o sentimento da banda. “A gente nunca pensou em abandonar o Barão Vermelho, não havia motivo para a gente não estar junto, todo mundo é amigo, todo mundo toca nos trabalhos uns dos outros”, argumentou o baixista, que em abril faz shows com Andy Summers (guitarrista do Police) e João Barone (baterista dos Paralamas) tocando o repertório da banda britânica liderada por Sting.

A escolha de Rodrigo Suricato não foi “por acaso”. O cantor havia participado com Maurício Barros do Nívea Rock Brasil (projeto de shows em homenagem ao rock brasileiro que correu o Brasil no ano passado). “A gente gravou, no camarim, o Rodrigo tocando violão e cantando “Flores do mal”, do Barão. Mostrei isso pro Guto, e ele gostou muito”, revelou o tecladista, que acabou fazendo o convite ao jovem músico.

Rodrigo Suricato falou de seu apreço pelo Barão Vermelho. “Sou fã deles desde criança e, por ter começado a tocar guitarra antes de cantar, tive no Frejat um ídolo. Passei um bom tempo nos bares do Rio tocando as músicas do Barão em bandas cover, vendo a reação das pessoas, e aí fui me apropriando daquele repertório. Quando entramos no estúdio para fazer um som, de cara saíram 19 músicas, só de memória afetiva”.