A crise da indústria fonográfica forçou as gravadoras a garimparem seu material mais precioso e pensar em relançamentos caprichados na tentativa de conquistar fãs dispostos a desembolsar uma bagatela pelos produtos. É o que acontece com o material dos Beatles.
Por exemplo, “Live at the Hollywood Bowl”, mesmo correspondendo a uma versão remixada e expandida do álbum ao vivo que, com o título “The Beatles at Hollywood Bowl” saiu em 1977, corresponde a uma chegada aos suportes digitais (CD, download e streaming) de parte de uma discografia que, até aqui, se mantinha fixada em edições em vinil há muito fora de catálogo.
Este não é, contudo, o único registro oficial dos Beatles lançado pela EMI após a separação do grupo. Ele integrava, até então, uma série de álbuns que nunca tinham sido relançados em CD. E faltam chegar títulos inéditos no formato digital como “A Collection of Beatles Oldies” (1966), “From Them To You” (lançado em 1970, é uma reunião dos temas dos flexi-discs de Natal que a banda lançou entre 1963 e 1969), “Rock’n’Roll Music” (1976), “Love Songs” (1977), “Rarities” (1978), “The Beatles Ballads” (1980) e “Reel Music” (1982), este último uma coleção de canções usadas em filmes dos Beatles.
É natural que haja ainda material de arquivo à espera de ver a luz do dia. E a edição, em 2013, num formato apenas disponível para download via iTunes, de 59 gravações efetuadas em 1963, reunidas sob o título “The Beatles Bootleg Recordings 1963”, mostrou uma forma possível de publicar essa parte do arquivo. A não repetição do formato nos anos seguintes deixou no ar a possibilidade deste modelo não estar mais a ser equacionado para as restantes gravações ainda inéditas. São certamente muitas, e entre elas está o mítico “Carnival of Light”, um tema experimental gravado no início de 1967 e que continua à espera de surgir em algum disco oficial da banda.
Fonte: http://ift.tt/2cNcCc2
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