“Sign O’ The Times”, a obra-prima de Prince, faz hoje 30 anos

“Sign O’ The Times” é, sem dúvidas, o mais aclamado de todos os álbuns de Prince. Nasceu de uma sucessão de fatos nada felizes e representou o primeiro de muitos desentendimentos entre o músico e sua gravadora, onde estava desde sua estreia em 1978.

Lançado em 31 de março de 1987, foi o primeiro trabalho após a separação do The Revolution, o grupo que o acompanhava em discos e turnês. Além de ter deixado clássicos como “U Got The Look”, “If I Was Your Girlfriend” e a faixa-título, nos fez conhecer uma faceta mais feminina do astro de Minneapolis.

Falemos um pouco sobre os três projetos que originaram “Sign O’ The Times”: “Dream Factory” seria o álbum seguinte a “Parade” (1986) e seria gravado com o The Revolution. Já “Camille” era o alter-ego feminino de Prince, manifestado em temas como “Housequake” e “If I Was Your Girlfriend”. Pouco depois, surgiria “Crystal Ball”, que juntou algumas novas faixas (“Hot Thing” era uma delas) aos dois discos anteriores.

De três empreitadas finadas fez-se um álbum clássico e musicalmente versátil, que exaltou um Prince camaleônico e seguro em registros de funk explosivo, psicodelia, rock, pop, r&b, ritmos dançantes, humor lascivo e sexo. Como sempre fez, tocou bateria, baixo, guitarra, trompetes, teclados/sintetizadores/moogs, além de ter produzido todas as 16 faixas finais.

Apesar das atividades com o The Revolution terem cessado em 1986, Prince contou com a colaboração de alguns de seus antigos colaboradores, destacando-se, por exemplo, o apoio vocal de Lisa Coleman e Wendy Melvoin.

No processo de gravação do álbum, que aconteceu em Minneapolis, Los Angeles e Paris, a extravagância e a irreverência caraterísticas de Prince se manifestaram fortemente. O astro não gravou as vozes na cabine destinada para tal atividade, mas sim na própria sala de gravação, junto do equipamento e técnicos de som. No entanto, para uma maior privacidade, pedia frequentemente para que as pessoas ficassem de costas ou o deixassem sozinho na sala.

As belas harmonias presentes neste álbum mostram que Prince soube evoluir para algo mais maduro. O disco abre com a apocalíptica faixa-título, que aborda vários problemas sociopolíticos, incluindo AIDS, violência de gangues, desastres naturais, pobreza, abuso de drogas, o desastre do Challenger Space Shuttle e o holocausto nuclear iminente. Apesar da faixa “Sign O’ The Times” romper bruscamente com a sonoridade impressa em álbuns como “Purple Rain” (1984) e “Around The World In A Day”, o single chegou ao 3º lugar da parada americana.

As críticas ao single foram mais entusiasmadas do que nunca e prepararam o terreno para o vindouro álbum, reafirmando mais uma vez a visão de grande amplitude musical e instrumentalmente diversa. Das dançantes “Housequake” e “Hot Thing” à ambiguidade encenada em “If I Was Your Girlfriend”, do pop/rock “I Could Never Take The Place of Your Man” à teatral “Starfish and Coffee”, passando pelo hit single “U Got The Look”, o álbum duplo “Sign O’ The Times” reuniu um lote de canções pelas quais se traduzia o melhor das visões de um músico vivendo o ápice de sua forma.

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