Bryan Adams reencontra o Rio após dez anos e não economiza nos hits

A insistente chuva que caiu no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (27) não impediu que os fãs de Bryan Adams comparecessem em bom número às dependências do Metropolitan, ansiosos para reencontrarem o ídolo após dez anos e verem a performance de um dos mais renomados hitmakers dos últimos 40 anos.

Para quem não conhece algo que vá além das suas baladas radiofônicas mais famosas, é bom deixar claro que Bryan Adams sempre foi um artista de pop/rock. Tem gente que torce o nariz, mas é inegável que o canadense se mantém fiel às próprias raízes do rock and roll e da música pop de forma geral, que é exatamente o que ele faz.

Ao contrário da apresentação de 2007, o show pode ser visto com a pista aberta e sem mesas, o que favorece a diversão e a empolgação da plateia. Acontece que, atualmente, o público desses shows parece não estar a fim de dançar ou cantar, mas sim filmar a apresentação quase que na íntegra. E isso explica a razão do show ter demorado a engrenar.

Às 21h48, Bryan entra meio que bruscamente no palco acompanhado dos fiéis escudeiros Keith Scott (guitarra) e Mickey Curry (bateria), além de Norm Fisher (baixo) e Gary Breit (piano) – todos vestidos igualmente de blazers pretos e camisas brancas. A banda arranca com a nova “Do What Ya Gotta Do” e já emenda na roqueira “Can’t Stop This Thing We Started”. “Don’t Even Try” e “Run To You” mantém o público atento, até que Bryan fala pela primeira vez com o público e se diz feliz por estar de volta.

O megahit “Heaven” aparece logo na parte inicial do show e, claro, os celulares surgem aos montes pela primeira vez. O guitarrista Keith Scott foge um pouco da gravação original e entrega um delicado solo que arranca algumas lágrimas dos fãs. Bryan se mostra antenado com a cultura local e menciona o fato da canção ter sido um grande sucesso no Brasil por ter sido trilha sonora de um programa de TV (mais precisamente, da novela “A Gata Comeu”, exibida em 1985 pela Rede Globo).

Seis das nove faixas de “Get Up!” (2015), o álbum que gerou esta turnê, aparecem no setlist e dialogam bem com as antigas canções. Espertamente, a maior parte delas aparece na primeira metade do show, quando o público ainda está sedento por novidades. Todas foram acompanhadas de vídeos que acompanham a arte gráfica da capa do álbum, e que proporcionam uma narrativa interessante de se assistir no telão posicionado ao fundo do palco.

Com o público ainda muito respeitoso, era preciso esquentar o clima. E Bryan saca “Summer Of ’69” de sua guitarra e faz com que a plateia se solte um pouco mais. Na sequência arrasadora de hits, enfileirados um atrás do outro, surgem “When You’re Gone”, “(Everything I Do) I Do It For You”, “Back To You”, “Have You Ever Really Loved A Woman?”, “Please Forgive Me” e “Somebody”. Haja bateria de celular para registrar tudo isso…

Em alguns momentos do show, Bryan se esforça para falar em nossa língua. Perguntou como se diz “move your ass” em português e brincou com o fato dos cariocas o chamarem de ‘Braiádans’. Mas, como não poderia deixar de ser, o cantor pontuou o fato das pessoas filmarem o show a todo momento. Espirituoso, sacou seu celular do bolso e registrou algumas fotos e vídeos em algumas pausas.

A banda que acompanha o cantor toca junta desde 2002, conferindo excelente grau de entrosamento. Se não primam pelo virtuosismo, são afinadíssimos. O guitarrista Keith Scott é um showman à parte. Além dos solos precisos, interage com o público, gira a guitarra em seu próprio corpo, e até chega a deixar Bryan em segundo plano em alguns momentos.

Para o bis, o canadense volta só com seu violão e leva “Straight From The Heart” e “All For Love” em formato acústico, numa sequência que joga para baixo o clima que demorou a decolar. Em duas horas de espetáculo, Bryan entrega ao público um show pop competente, à feição de seus fãs (a maioria por volta dos 30/40 anos). Entretanto, a inabilidade do cantor para “incendiar” sua plateia (que não ajuda muito na missão) deixou no ar a sensação de que o retorno ao país poderia ter sido mais quente.

SETLIST:

Do What Ya Gotta Do
Can’t Stop This Thing We Started
Don’t Even Try
Run To You
Go Down Rockin’
Heaven
Kids Wanna Rock
It’s Only Love
Cloud #9
You Belong To Me
Summer Of ’69
Here I Am (Acoustic)
Heat Of The Night (Acoustic)
When You’re Gone (Acoustic)
(Everything I Do) I Do It For You
If Ya Wanna Be Bad Ya Gotta Be Good
Back To You
We Did It All
Somebody
Have You Ever Really Loved A Woman? (Acoustic)
Please Forgive Me
Cuts Like A Knife
18 ‘til I Die
The Only Thing That Looks Good On Me Is You

BIS:
Brand New Day
C’mon Everybody (Eddie Cochran cover) (Acoustic)
She Knows Me
Straight From The Heart
All For Love

O post Bryan Adams reencontra o Rio após dez anos e não economiza nos hits apareceu primeiro em Portal ROCKline | É só rock'n'roll!!!.


Fonte: http://ift.tt/2oTOlUN

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Enterprise Project Management