RL ENTREVISTA: Mike Kerr, vocalista do Royal Blood, fala sobre novo álbum “How Did We Get So Dark?” e planos da banda para vir ao Brasil

Se existe uma banda que impressiona, essa é o Royal Blood. Uma dupla que produz o som de milhões! Mike Kerr e Ben Thatcher são de Brighton, na Inglaterra, mas ganharam o mundo rapidamente com seu primeiro álbum, auto-intitulado. Nesse ano, os caras voltaram com mais uma pedrada, que eles batizaram de “How Did We Get So Dark?”.

A convite da Warner Music, batemos um papo com o Mike pelo telefone e ele nos contou um pouco mais sobre esse novo momento do Royal Blood e a construção do novo disco. É claro que não deixamos de perguntar se eles já têm passagem marcada para o Brasil, mais especificamente para o Lollapalooza 2018! A resposta? Podemos adiantar que foi boa!

Oi Mike, tudo bem? Obrigada por falar com a gente…

Oi! Tudo bem, não tem problema.

Vamos começar do começo, falando das sessões de composição e gravação do “How Did We Get So Dark?”. A parte instrumental do disco foi produzida em diferentes cidades, Brighton, Los Angeles e Nashville. Esses lugares influenciaram o som desse álbum de alguma maneira?

Não sei se houve uma influência direta dessas locações, era mais sobre ir a lugares diferentes. Acho que se você fica preso em um lugar só, a sua criatividade é bloqueada. Passamos muito tempo em Brighton, nossa cidade natal… Obviamente, quando se vai a Nashville você embarca em uma viagem pela música, mas não acho que isso de fato influenciou o som desse álbum, mas foi legal sair de Brighton um pouco, ter um ambiente diferente. Ainda ensaiamos no mesmo lugar desde o início da nossa carreira, mas é sempre útil poder ver lugares diferentes, se manter fresco.

Aparentemente, as letras das músicas novas vieram de eventos reais que aconteceram em sua vida, desde que o Royal Blood alcançou o sucesso mundial. Como foi para você se tornar um artista reconhecido mundialmente em seu primeiro trabalho? Como isso impactou sua vida e a sua música?

Tudo tem sido como uma montanha-russa louca. Tipo, é o melhor trabalho do mundo, sabe? Nunca tivemos expectativas em cima do disco, então se tornar conhecido ao redor do mundo, poder sair em turnê e visitar cidades onde nunca estive antes foi muito legal. A parte difícil foi ajustar esse tempo da estrada. Depois de dois anos e meio em turnê, é muito bom voltar para casa e voltar a fazer coisas comuns, tipo tirar o lixo. Resumindo, é tudo bem louco, mas amamos o que fazemos. Amo estar em uma banda com o meu melhor amigo.

Você diria que o processo criativo desse disco foi diferente do primeiro, “Royal Blood”? Você se sentiu mais confiante ou sentiu a pressão do segundo álbum?

Certamente tivemos um progresso nesse álbum, mas não pensamos tipo, ‘agora precisamos fazer o primeiro disco mais uma vez.’ Tentamos coisas diferentes nesse disco, mas o processo criativo em termos de composição foi bem parecido. Sobre a pressão, acho que sentimos sim. Sabe, não é necessariamente pressão para fazer sucesso, mas sim para fazer um disco do qual tenhamos orgulho e músicas que nos dariam o prazer de tocá-las.

Vocês escolheram “Lights Out” como o primeiro single, porém lançaram “Where Are You Now?” (trilha sonora da série da HBO “Vinyl”) anteriormente. Por quê esses dois singles foram escolhidos como “primeira impressão” do “How Did We Get So Dark?”?

Bem, “Where Are You Now?”, como você disse, foi escrita para a trilha sonora de Vinyl, então ela não foi escrita pensando nesse disco. Nem tocamos ao vivo, mas com o passar do tempo e das sessões de gravação, ela ficou mais forte e decidimos incluir no álbum, achamos que se encaixava bem. “Lights Out” veio a tona pois parecia ser o single mais lógico. Obviamente, temos a opinião de muitas pessoas em nossa equipe e de nossa gravadora. No final das contas, acho que foi uma boa ‘declaração de abertura’. Foi uma escolha fácil.

Ainda sobre “Lights Out”, vocês criaram um vídeo incrível para essa música. Quem teve a ideia por trás do clipe?

Obrigada! A ideia foi de uma equipe de diretores, que se chama The Sacred Egg. Eles já fizeram outros vídeos maravilhosos para o Radiohead, o Tame Impala e eles vieram com a idea em script e nós achamos que seria louco e um bom início para essa nova campanha. Então, fomos a Kosovo no início do ano e passamos horas em um tanque de água, congelando haha. Foi uma gravação longa, mas eles são ótimos. Espero trabalhar com eles novamente.

Sobre o segundo single desse disco, “Hook, Line and Sinker”, acredito que essa música leva o ouvinte a uma atmosfera bem visceral. Essa é com certeza uma música “marca registrada” do Royal Blood. Você concorda?

Sim, eu acho que essa é com certeza um das mais pesadas, dentro da história desse álbum. Essa faixa, nós a tocamos no festival Reading & Leeds de 2015 e guardamos ela por um tempo. Parece que os fãs estão gostando muito dela e nós amamos tocar essa música ao vivo.

Mesmo com essa sonoridade visceral característica, sinto que na nova música de trabalho “I Only Lie When I Love You” vocês conseguiram fazer a gente dançar um pouco, com ajuda de algumas batidas incríveis do Ben. Foi intencional? Vocês planejaram ter esse tipo de som no novo álbum?

Simmm, tem um groove nessa música! A gente quis fazer um álbum mais sexy, sabe? Músicas como “She’s Creeping” e “I Only Lie When I love You” têm essa energia mais sedutora e sim, posso afirmar que ela tem groove, que dá pra dançar. Certamente, a gente tinha essa intenção e sabia o que estava fazendo.

Falando nisso, foi exatamente essa palavra, “sexy”, que pensei para descrever uma outra faixa do disco, no caso “Don’t Tell”!

Definitivamente! Essas são as músicas que estamos ensaiando com mais intensidade nesse momento e queremos introduzi-las na nossa turnê por arenas do Reino Unido e da Europa no final do ano… Acho que também teremos algumas datas na América do Sul no próximo ano. Então, acho que até lá já teremos todas essas músicas prontas para os shows ao vivo.

Ainda no campo da sonoridade, vocês usaram harmony vocals nesse álbum, coisa que não fizeram na estreia. Você diria que essa é uma expansão da sua música?

Claro! Para mim, foi muito bom explorar novas ideias, camadas e melodias vocais. Nos divertimos muito com essas ‘experimentações’ e todas essas coisas.

Agora, vocês estão em uma grande turnê pelos Estados Unidos e em breve seguirão para a Europa e Oceania. Como tem sido subir no palco com um catálogo mais extenso?

É ótimo! Nós passamos dois anos e meio tocando as mesmas dez músicas no setlist, então é muito gratificante poder mostrar coisas novas no nosso set. Ainda tocamos algumas das músicas velhas, as favoritas dos fãs, é claro. É muito bom construir um setlist que você tem certeza que irá fazer uma grande festa.

Você já adiantou que virá a América do Sul… Aqui no Brasil está rolando um burburinho de que vocês participarão do Lollapalooza 2018, em São Paulo. Podemos confirmar?

Hmmmmm eu ainda não tenho certeza, não está nas minhas mãos, mas fomos informados que a América do Sul com certeza está na nossa lista. Só tocamos no Brasil uma vez, no Rock In Rio 2015 com o Metallica e o Mötley Crue, e foi incrível! Essa [a América do Sul] é uma área onde não fizemos uma turnê muito grande, então adoraria ter a oportunidade de voltar. Estamos ansiosos para seja lá o que vier!

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