Em entrevista, Pitty fala do novo single com Elza Soares e prega “revisão de valores” no combate ao machismo

Pitty se prepara para mostrar ao mundo “Na Pele”, primeiro lançamento desde que deu à luz Madalena, fruto de seu relacionamento com o marido e baterista do NX Zero, Daniel Weksler. A baiana divide os vocais da canção com ninguém menos que Elza Soares, com quem mantém amizade e admiração mútua há alguns anos. “Cada frase da canção tem a ver com a história da Elza”, garante a cantora, que conversou com o jornal Estadão, cuja entrevista foi publicada nesta quarta-feira. Separamos alguns trechos interessantes:

Os assuntos abordados em “Na Pele”:
O empoderamento feminino não é, necessariamente, o único assunto de Na Pele. Essa música fala também sobre o tempo, as vivências e a bagagem que a gente vai juntando e que nos forma. A letra traz essa metáfora da água sendo o tempo, que, ao longo da vida, cava leitos de rio na pele. Quando escrevi a canção, senti que ela não fazia parte do Setevidas, meu último disco de estúdio. Guardei, como faço com algumas composições. Acho que as musicas têm a hora certa de virem à tona.

A ideia de gravar com Elza Soares:
Na verdade, foi ela que quis que gravássemos juntas. Fiquei imaginando que essa letra, que é muito densa, tinha de ser entoada por uma voz igualmente densa. Mandei a música para ela. A Elza fez a proposta, o que me deixou muito feliz. Cada frase dessa letra tem a ver com a história da Elza Soares. Fiz essa música para ela, no fim das contas. Eu só não sabia disso naquele momento (risos).

Capa do novo single. Lançamento acontece nesta sexta-feira nas plataformas digitais.

Sobre o Brasil ser um país machista, homofóbico e preconceituoso:
Houve avanços, sim, principalmente porque existe a internet e as redes sociais que são ferramentas que democratizam a comunicação, para o bem e para o mal. Hoje, é possível se manifestar e fazer barulho a respeito de vários assuntos sem estar necessariamente atrelado a um veículo de mídia tradicional. Temos visto muitas manifestações nesse sentido. Falta irmos mais além no combate das violências, do machismo, da homofobia, na proteção da população mais vulnerável. Tem de ser já, por que quem sofre tem pressa.

O que fazer por uma sociedade menos machista:
Conversar, debater, e, principalmente, educar. A desconstrução dessa cultura patriarcal e machista se dará por intermédio da educação, da empatia e da revisão de valores. E, como não pode deixar de ser: lutando. Ninguém abre mão de privilégio sem embate.

A volta aos palcos e o próximo disco:
Foi intenso, um período de reflexão e reencontro comigo mesma. Voltei aos palcos no João Rock, que é um festival gigantesco em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ainda estou me reorganizando e abrindo brechas para escrever. Quando sentir que tenho um disco, gravo.

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