CROM: O elo entre o tradicional e o contemporâneo

Foram necessários vinte e dois anos para que o CROM nos apresentasse novamente o sabor de seu tradicionalíssimo Heavy Metal em ‘We Are Steel’ e não está desapontando, mostrando que os músicos ainda estão muito bem afiados.

Mas o que mudou nestes anos todos? Pedimos aos membros da banda que fizessem um elo entre a cena de mais de 20 anos atrás e a atual:

Robson Luiz – Vocal

“Bom, na década de 80,90 o heavy metal era bem mais cru e pesado. Do meu ponto de vista a diferença de antes pra hoje, está muito mais veloz, pesado e com bastante teclado sendo que antes não tinha muito. Era as duas guitarras no puro peso.

E sobre a mudança da Crom, depois da entrada de um novo baterista mais veloz e outra guitarra o dom nosso ficou mais empolgante e preenchido.”

Pedro Luiz Marcondes – Guitarra

“O enorme prazer de estarmos juntos depois de muitos anos. Voltando com uma visão mais madura, deixando as coisas fluírem naturalmente. Esta grande amizade reforça mais ainda o comprometimento de uns com os outros e com a música, o entrosamento é quase que natural. Espero que este sentimento prevaleça na música e que agrade a todos.”

Altemar Lima – Guitarra

“Na minha opinião a maior mudança, não só na cena musical mas em todos os segmentos, foi o acesso a informação pois hoje em dia com todos avanços tecnológicos tudo ficou muito mais fácil. O acesso a shows, instrumentos, novos artistas, etc… Muita gente ainda é contra essa evolução mas é uma faca de dois gumes e como tudo na vida temos o lado bom e o lado ruim.

Com o advento digital, tudo ficou bem mais fácil mas confesso que sinto falta de sentir o cheiro do velho e bom disco de vinil, de ler seu encarte, de admirar a arte. O tempo está mudando e as bandas estão se adaptando também. Acho que isso não tem volta. A música digital veio pra ficar.”

Claudivam Silva – Bateria

DUAS VEZES 20 E MAIS UM POUCO
Há mais de duas décadas, um garoto vindo de uma família muito humilde ganha de sua tia um disco promocional da Elman Chip’s, contendo no mesmo muitos sons do gênero musical Rock n Roll, uma música lhe chamava a atenção, esta em especial de um cantor que até hoje é consagrado como um dos ícones deste gênero, um cara chamado Ozzy Osbourne, esta música que carrega em seu título um forte significado sem levar em conta o conteúdo geral da mesma, e sim somente o título.

Este gênero foi tomando conta deste garoto, seus sentidos e sensações, estas que traçam mudanças em sua forma de agir e pensar, que lhe traz força uma intrínseca que permeia não só a sua volta, mas vontades subjetivas e concretas, novos apegos e desapegos, e o mesmo se prostra mediante a esses desejos e se deixa levar carregando contigo, novos aprendizados antes não percebidos, neste caso, a musicalidade que lhe cercava devido seu pai, mesmo não tendo nenhuma instrução musical, era um auto de data com destreza em seu acordeom, mas isso não se fazia perceber ou tocar este que ainda, se fazia amortecido pelas delicias infantis, das brincadeiras, e a falta de proximidade e de incentivo deste mundo que se tornaria na vida deste garoto, motivação para o que faz vivenciar e tenta através de suas sensibilidades, que hoje se faz presente e que não só um meio de sustento, mas um estilo ou até mesmo uma filosofia de vida, que é regada pelas vibrações que o mundo musical lhe transmite sendo causa, mas também antídoto, como uma cura física e psicológica, para as demandas cotidianas.

Aos 14 anos tem o seu primeiro contato com o instrumento que abre as portas de sua percepção, para este mundo que se faz presente até hoje mais de 20 anos após ter se sentado atrás deste maravilhoso instrumento que seria a bateria, este que é tocado e toca a alma deste garoto, que tenta tocar outros, com sua energia, e que não traz muitas diferenças após todos esses anos, pois não deixa de tentar aprender, com garra, alegria, a mesma de outrora, pois no passado como no presente momento, se faz parecer disposto de um botão ou uma chave que lhe ativa como uma máquina, dando-lhe uma vigorosa e renovada vontade de fazer o melhor de apresentar uma boa performance.

Devido a este estado de espirito e desenvoltura acaba por conhecer outros que refletem em si um desejo em comum de serem e estarem em uma mesma sintonia, mas que devido a pouca idade ainda buscam equalizar suas vontades fazendo materializar e através desta materialização expor da melhor forma este desejo em comum em forma de trabalho, este que após 20 anos, vem carregado de mais experiência, mas não de outra vontade, a mesma, pois este que aqui se apresenta é como uma brasa que se deixa queimar para que no momento apropriado venha incendiar, mas que também demandava de um aprimoramento pessoal individual para que chegasse com um melhor teor, também se apropria de novas tecnologias e as facilidades que as mesmas potencializam através não só de instrumentos musicais, mas as mídias que facilitam o disseminar dos trabalhos, que faz fluir e aumentar as possibilidades de um encontro com seus interesses e interessados.

Assim a CROM e seus integrantes chega embargada de novas possibilidades, mas com a mesma vontade de transmitir através de seu trabalho, energia, conteúdo, ideias, com mais maturidade, mas contém em seu âmago muita alegria, pois só assim se constrói um ato verdadeiro, e familiar, pois acima da banda, há amigos que cresceram e se formaram em um recinto fraterno, que tem como utopia esta eterna amizade, assim como aquele garoto que foi tocado com uma canção que na sua harmoniosa execução lhe tocou levando-o e o trazendo de volta ao Centre of Eternity.

Para conhecer esta nova fase do CROM, baixe agora gratuitamente a Demo ‘We Are Steel’ pelo link: http://bit.ly/1aIYgFb

O trabalho foi gravado no estúdio Feeling Ritmos & Cordas (Studio Áudio Produções), na cidade de Lorena/SP. A produção ficou por conta do renomado guitarrista e produtor Alexandre Freitas (Tublues) e capa foi criada pelo próprio baixista, Cezar Heavy.



Fonte: Metal Media http://ift.tt/1HS6F5E

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